A Ma'asseh Merkavah
Abraham Abulafia e a técnica da Merkavah, do aprofundamento - introspectivo
Last updated
Abraham Abulafia e a técnica da Merkavah, do aprofundamento - introspectivo
Last updated
A técnica de meditação, chamada no judaísmo de 'Merkavah', diz respeito ao desenvolvimento da carruagem de fogo que nos envolve e que é imperceptível aos olhos nus. A respiração rítmica, seguindo os números sagrados que estão representados nas moções dos planetas, 6 - 12 - 24, os quais números nos remetem segundo a geometria hebraica às raízes:
O número 6 representa os dias de trabalho, e o sétimo dia o de descanso, o Shabbat. Sendo assim, o número 6, devemos nos lembrar, está associado ao Hexagrama, o símbolo final de ascenção e crescimento espiritual do homem.
9 possui raiz quadrada de 3 é múltiplo de 12, pois 12/3 = 4 (o triângulo e o quadrado)
Assim elabora Gershom Scholem, na sua obra "A Cabala", na página 35, e diz:
"O conteúdo poético da literatura da ma'asseh merkavah e da ma'asseh bereshit é impressionante; já mencionamos os hinos cantados pelo chaiot e pelos anjos ministrados em louvor ao seu Criador. Seguindo o padrão de diversos Salmos., desenvolveu-se a opinião de que a totalidade da criação, segundo sua natureza e sua ordem, cantava hinos de louvor. Uma hinologia foi estabelecida nas várias versões do Perek Shirak, que sem dúvida deriva dos círculos místicos do período talmúdico. Conectada a esse elemento poético está a influência que os místicos da Merkavah tiveram no desenvolvimento de porções específicas da ordem das orações, particularmente na Kedushah matinal, e, mais tarde, nos piutim que foram escritos para essas porções (siluk, ofan, kedushah).
O uso de Perek Shira costumava ser predominante na liturgia diária e o filósofo medieval Joseph Albo escreveu que quem recita Perek Shira tem um lugar garantido no Mundo Vindouro.
As frequências reveladas no pentagrama dessas notas divinas revelam uma exuberante beleza e harmonia celestial, e são capazes de "alinhar as nossa sefirot".
Observe que, o ritmo numérico e frequencial é altamente importante para o real entendimento da potencialidade divina, revelada, primeiro no pentagrama e depois no hexagrama.
Essas formas geométricas são na realidade níveis de acensão, ocultas na fisiologia de cada um de nós.
Gérard Encausse (Papus), nos revela algo mais sobre o pentagrama como representação geométrica do homem em franco desenvolvimento, vejamos:
O Pentagrama, ou estrela de cinco pontas, a flamejante estrela dos maçons, é outro pentáculo e um dos mais completos que se pode imaginar. Seus significados são muitos, mas todos revertem à ideia primordial da aliança do quartenário com a Unidade. Acima de tudo, essa figura simboliza o homem, e é com base nessa interpretação que a estudaremos. O ponto superior representa a cabeça. Os outros quatros pontos representam os menbros do homem. Também podemos considerar o pentáculo como símbolo dos cinco sentidos, mas esse significado excessivamente posotivista não deve nos deter."
Tratado Elementar das Ciências Ocultas, p. 138.
A alegoria da caverna, também conhecida como parábola da caverna, mito da caverna ou prisioneiros da caverna, foi escrita pelo filósofo grego Platão e é uma alegação de intenção filosófica e pedagógica. Encontrado na obra A República (Livro VII), o filósofo tenta ilustrar como a luz da verdade pode ajudar as pessoas a se libertar da escuridão que as aprisiona. Na obra, ele discute teoria do conhecimento, linguagem, educação e um estado hipotético.
O Aryeh Kaplan nos diz algo importante sobre a escola dos profetas
E cinquenta homens dos filhos dos profetas foram, e ficaram de longe: e os dois ficaram ao lado do Jordão. (2 Reis 2:7)
A escola dos profetas do passado pode ter, sim, influenciado a Abraham Abulafia a criar a Merkavah dos profetas através da meditação.
Já vimos que a meditação foi muito importante na carreira dos profetas. Uma vez que esse fato não é muito bem reconhecido, no entanto, seria útil olhar para uma série de fontes clássicas que falam disso explicitamente. Como veremos, um bom número dos mais influentes filósofos e cabalistas judaicos clássicos afirmou claramente que a meditação era a mais importante de todas as disciplinas necessárias para alcançar a iluminação e a profecia.
Kaplan, Aryeh. A meditação e a Bíblia (p. 87)
A natureza da Cabala é uma questão de disputa entre os estudiosos. Focando seus atenção na cabala teosófico-teúrgica, um tipo proeminentemente espanhol de Cabala, alguns estudiosos modernos têm apontado a natureza "casuística" da Cabala como um todo. Eu Parte dessa avaliação tem a ver com a marginalização da Cabalá de Abulafia na erudição após meados da década de 950, apesar de Gershom A caracterização de Scholem da Cabalá extática como uma grande tendência! (Abulafia e a Kabbalah Ecstática, p. 13)
"Quem de vós teme a Deus, obedecendo à voz dos Seus servos? Tal homem anda nas trevas sem luz, confia no Senhor e depende do seu Deus" (Isaías 50:10).
Kaplan, Aryeh. A meditação e a Bíblia (p. 9). Roda Vermelha Weiser.