Os Números Poéticos e a Psique
A Qabbalah como mapa da psique humana e seus aspectos
Last updated
A Qabbalah como mapa da psique humana e seus aspectos
Last updated
De maneira afirmativa, ao examinarmos as combinações de letras do próprio "nome" de Deus, que compõem 10 números e 22 sons básicos, estes segredos são despertados no homem. Isso, combinado com as formas geométricas básicas de círculo, triângulo e quadrado, constituem a base da Cabalá; essas formas são usadas no desenho do alfabeto.
Esse fenômeno, de rememoração, não nos deve surpreender, pois foi anunciado por ninguém mais do que Platão.
Na filosofia de Platão, a anamnese, (em grego clássico: ἀvάμνησις anamnésis), refere-se ao processo gradual pelo qual a consciência de uma pessoa ascende da experiência sensível para o mundo das ideias. Vejamos:
Platão diz que a morte é uma projeção para o desconhecido, mas também indica a possibilidade de conhecer o que é pleno (tò íson, o igual em si mesmo). Esse raciocínio sobre a morte como realização da filosofia deriva da afirmação de Sócrates de que o saber é uma rememoração, isto é, de que o aprender é uma recordação da morte. Se o viver provém da morte, então o que aprendemos vivendo é uma recordação de algo muito maior, do qual nos esquecemos por um tempo, mas lembrarmos outra vez.
Na obra O Fédon, de Platão, Sócrates elabora os mistérios da vida após a morte:
A Qabbalah fornece a chave para as verdades espirituais do Antigo e Novo Testamentos. Esta chave remonta aos Melchizedek (etimologia), uma dinastia de sacerdotes-rei que veio da Atlântida muito antes dos Pitágoras. A prova de que esse é apenas um título, e não um nome, está na Epístola aos Hebreus de Shaul (Paulo):
Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; a quem Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça e depois também é rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo semelhante ao filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:1-3)
Essa declaração indica que havia um sacerdócio baseado em um título, e não um nome, assim como vemos até hoje representado por diversos modelos de sacerdócio pelo mundo - como o "Papa". Um indivíduo se vai, mas as investiduras continuam.
Acredita-se que este conhecimento foi transmitido a Abraão pelo último desses sacerdotes-reis. Depois disso, passou de um patriarca bíblico para outro, como Isaque, Jacó, Moisés, Josué, Davi e Salomão.
Esse conhecimento, segundo os padrões que estamos observando até aqui, no curso Gilead, possui uma intrigada relação com as ideias eternas discutidas pelos filósofos gregos. A ferramenta para esse entendimento maior é a correspondência epistemológica - a síntese de todo o conhecimento.
Quando você adiciona os primeiros quatro números: 1 + 2 + 3 + 4, o total é 10. Para eles, esta foi a prova de que todos os 10 poderes da criação (Sephira) existem no número 4. Então 10 era o número ideal e representava o Universo.
E a interpretação de 10 para esotéricos é dita como o "quatro habita no 1", na mônada, bereshiyt, sabedoria, ein sof, etc. O zero representa o círculo, a origem de tudo na geometria sagrada.